Minhas filhas são grandes apreciadoras de comidas cruas. Comem sushis e sashimis desde muito pequenas e, como se não bastasse, encaram um caprichado rodízio sem problemas. Confesso também que sou fã da gastronomia oriental. E este final de semana tivemos o prazer de nos deliciarmos com essas iguarias. Ainda gosto da ideia de que é uma refeição bem saudável…
O texto abaixo conta uma curiosidade que eu particularmente não sabia:
“No Brasil do jeitinho, raiz-forte até passa por wasabi. Mas, no Japão, não convide para o mesmo sushi essas duas raízes-condimentos que, embora tenham sabor parecido, são muito diferentes quando consumidas como se deve.
Pode ser meio decepcionante, mas essa pasta conhecida dos frequentadores de restaurantes japoneses no Brasil como wasabi, de aroma e sabor característicos – não é wasabi. Tão indissociável de sushis e sashimis quanto o shoyu e o gengibre, esse condimento é, na verdade, uma mistura de raiz-forte, corante e outros aditivos. Por serem da mesma família, as crucíferas, e compartilharem o mesmo componente responsável pela ardência, é comum a raiz-forte e o wasabi serem tidos como “gêmeos”. Mas em estado natural, lado a lado, wasabi e raiz-forte não poderiam ser mais distintos.
A raiz-forte (Armoracia rusticana) é uma raiz de origem europeia. Segundo o botânico Gil Felippe, já era conhecida pelos egípcios, gregos e romanos. Alan Davidson, em The Oxford Companion to Food, conta que a raiz-forte era amplamente difundida por ser um dos poucos condimentos cativos nas cozinhas medievais antes da difusão das especiarias – cravo, canela, pimenta-do-reino – no século 16. Durante muito tempo, a raiz-forte foi fundamental para melhorar o sabor de carnes, peixes e ovos, além de ter ação antibacteriana”.
Fonte (p/ler toda matéria): http://www.estadao.com.br